sábado, 23 de outubro de 2010

Como não errar na hora de contratar um seguro

Especialistas dão dicas sobre como contratar um seguro para evitar dores de cabeça na hora de acionar a apólice.
Contratar um seguro sem atentar para os pontos de cobertura da apólice pode render ao consumidor fortes dores de cabeça quando for preciso acioná-lo. O maior perigo é que os riscos que precisam ser cobertos fiquem de fora da apólice. Nesse caso, o dinheiro gasto com o seguro será inútil e poderá fazer falta. Abaixo, especialistas dizem quais pontos devem ser observados com cautela:
Seguro de Automóveis
Na hora de contratar um seguro para o seu carro, o corretor Carlos Lucena, dono da Lucena Seguros, considera crucial que o indivíduo atente para as informações relativas ao seu perfil. "Se houver qualquer equívoco no perfil do segurado, a seguradora pode não cobrir o sinistro", diz. Outra dica do corretor é que o consumidor observe os valores da franquia que deve ser paga ao acionar o seguro em caso de acidente. "Para carros populares, as franquias estão em cerca de 1.700 reais, enquanto que, o seguro em si, pode valer 1.000 reais", explica Lucena. Ainda segundo ele, se o consumidor optar por uma franquia reduzida em 50%, ele irá pagar entre 10% e 15% a mais para a seguradora. E para aqueles que compram automóveis com parcelas a perder de vista, a recomendação do corretor é que a cobertura seja feita num valor mais alto que o valor do automóvel pela tabela Fipe. "Caso contrário, se a pessoa comprou um carro em 60 vezes e precisar acionar o seguro numa situação de perda total, ele será indenizado com o valor integral do veículo pela tabela Fipe, mas continuará com saldo devedor devido aos juros embutidos no empréstimo." O mesmo vale na hora de contratar seguro para terceiros. Ou seja, se um segurado se envolve num acidente com um carro que vale 70.000 reais e a apólice prevê a cobertura de apenas 30.000 reais, por exemplo, os outros 40.000 vão sair do bolso do indivíduo. E para garantir que todas as despesas sejam devidamente garantidas pelo seguro, a dica de Lucena é que o consumidor contrate uma apólice para terceiros com valores mais altos. "Se você aumenta essa cobertura para 70.00 reais, o valor anual do seguro irá aumentar em cerca de 80 reais", conclui.
Seguro Residencial
Seguros para residências tendem a ter baixos índices de sinistralidade, mas é muito importante que o consumidor fique atento aos termos do contrato para saber que tipo de assistência está contratada ou não. "O seguro residencial ainda não tem grande procura, mas isso vem aumentando à medida que desastres naturais têm se tornado mais freqüentes", explica Carlos Lucena, dono da Lucena Seguros. Ele considera importante avaliar quais eventualidades causadas por intempéries climáticas são passíveis de cobertura da apólice em questão. Quem mora em apartamento e não tem carro, por exemplo, não precisa fazer segundo contra enchente, por exemplo. Já coberturas contra incêndio ou vendavais são consideradas básicas e sempre devem estar previstas nos contratos. Já a cobertura contra roubo de bens é um ponto que Lucena considera importante no contrato de um seguro de residência "apesar de encarecer o preço final da apólice". No cálculo do valor de um seguro residencial que garanta essa cobertura, estima-se que os bens do imóvel valham cerca de 5% de seu valor integral. "Uma casa de 1 milhão de reais, portanto, pode ter o equivalente a 5% do valor do imóvel em bens", explica Lucena. Na ponta do lápis, isso pode encarecer a apólice em cerca de 335 reais por ano.
Seguro de Vida
Garantia financeira para aqueles que dependem de uma pessoa, o seguro de vida pode contar com diversas configurações e modalidades (Veja aqui como funciona e se vale a pena contratar um seguro de vida). Algumas dicas, no entanto, são imprescindíveis na hora de fechar um contrato com uma seguradora. De acordo com Alessandra Melo, técnica em seguros da corretora Nova Feabri, um dos erros mais comuns cometidos por pessoas na hora de assinar um contrato de seguro de vida é checar se a cobertura prevê morte acidental, natural ou ambas. "Alguns contratos asseguram a cobertura em morte acidental, mas não natural, e vice-versa", diz ela. É imprescindível prestar atenção nos termos da cobertura e alertar familiares e beneficiários dos pontos passíveis de cobertura da apólice do seguro de vida. "Tem gente que não informa os parentes que o seguro cobre serviços funerários. Na ocasião de uma eventualidade, a família, sem saber, pode ter um sério gasto que poderia ter sido coberto pela apólice."
Planos de Saúde
No caso dos planos de saúde, é possível fazer boas escolhas na hora de assinar o contrato com um plano de saúde e economizar um bom dinheiro com isso (Aprenda 5 dicas para economizar e escolher um plano de saúde). Nunca é demais alertar, no entanto, para outros pontos importantes que podem poupá-lo de dores de cabeça. Um deles, aponta Alessandra, é checar antes com o seu médico de qual rede credenciada ele faz parte. "A partir daí, você pode buscar, entre os planos atendidos, quais estão dentro da sua condição financeira." A carência do plano é um dos termos contratuais que mais podem trazer problemas caso não fique claro para o consumidor quais os prazos previstos para que alguns tratamentos estejam cobertos. "De acordo com a ANS [Agência Nacional de Saúde Complementar], todos os planos devem cumprir, no máximo, seis meses de carência. No caso de doenças pré-existentes, esse período sobe para dois anos", explica Alessandra. Prestar atenção ao período de carência também é dica importante para gestantes - ainda mais as de primeira viagem. De acordo com Alessandra, a carência para as gestantes é de dez meses. Portanto, se o plano foi contratado dentro dessa janela, a mulher até poderá fazer uso ara alguns exames e atendimentos médicos. Já na hora mais importante, a do parto, ela terá de arcar com as despesas de uma maternidade particular ou utilizar os serviços da rede pública de saúde.
Fonte: Exame

sábado, 16 de outubro de 2010

Cinco dicas para escolher um bom plano de saúde

Ter ou não um plano de saúde não é uma trivial. Não contratá-lo implica no risco de ter que enfrentar as filas e o atendimento ruim do serviço público ou então desembolsar o dinheiro necessário para arcar com os custos altos de hospitais particulares, laboratórios e consultórios médicos. Já permanecer segurado ao longo da vida significa gastos cada vez maiores porque os valores cobrados das pessoas mais velhas é bem maior. Para especialistas, os preços da contratação de serviços particulares de saúde tornam muito elevado o risco de não contratar um plano. Veja abaixo quais pontos devem ser observados com cautela para que o seguro de saúde não comprometa sua renda mensal ou lhe deixe na mão quando chegar o momento de fazer uso dos serviços:
1 - Prefira planos coletivos
Muitas empresas oferecem aos seus colaboradores seguro de saúde corporativo, que podem ser uma boa alternativa para economizar ao invés de se arriscar a pagar mais caro ao contratar um seguro individual. Segundo Solange Palheiros, diretora executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), planos coletivos, empresariais ou não, são mais baratos que os individuais. "Ele (plano coletivo) é sempre mais barato que o individual. Se for um coletivo empresarial, é provável que o custo seja ainda menor", aponta Solange. Isso acontece porque os seguros individuais contam com uma configuração mais especializada, enquanto que, no caso dos seguros de saúde coletivos empresariais, quem determina qual o modelo do produto é a empresa. Ela considera ainda que, mesmo se compararmos dois produtos iguais, um de caráter individual e outro coletivo, é muito provável que, ainda sim, o coletivo seja mais econômico para o consumidor. Para quem trabalha em empresas que não oferecem esse benefício aos colaboradores, uma possível solução é procurar entidades de classe como sindicatos e verificar a existência de planos coletivos.

2 - Verifique a qualidade da rede

"Qual a distribuição da rede? Qual o tamanho da rede coberta pelo seguro?". Essas são duas perguntas que devem ser feitas pelo segurado antes da contratação do plano, de acordo com Solange, da FenaSaúde. Desta maneira, evita-se surpresas desagradáveis ao precisar de serviços médico-hospitalares e ter o pedido negado na porta do hospital porque o seguro não cobre atendimento naquele local.

3 - Avalie a burocracia na prestação de serviços

Outro ponto de extrema importância é o nível de burocracia que o plano exige na hora de fazer uso de seus serviços. "É imprescindível que se observe quais as facilidades e dificuldades que o seguro oferece", pontua Solange. É comum que algum plano exija que o segurado peça autorização prévia para que se realize certos procedimentos. A dica é que o consumidor atente para esse ponto e saiba exatamente que tipo de autorização deve solicitar, em quais ocasiões e se o processo é simples e eficaz ou demorado e desgastante. Conseguir marcar consultas, realizar exames e passar por cirurgias rapidamente pode evitar que doenças com tratamentos relativamente simples se transformem em um risco real para a pessoa.

4 - Consulte a pontuação da operadora no site da ANS

O consumidor deve consultar no site da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regulamenta as atividades das operadoras da saúde, qual é o Índice de Desenvolvimento em Saúde Suplementar (IDSS) de determinada empresa. O IDSS analisa e classifica as empresas somando quatro indicadores: satisfação dos consumidores em relação aos serviços prestados, estrutura de assistência da operadora, a situação econômico-financeira da operadora e a atenção à saúde, que nada mais é que o valor que a seguradora dá a saúde preventiva de seus clientes. O site da ANS também permite a consulta de informações sobre o que diz a lei em relação aos serviços que devem ser prestados pelas operadoras. Além da consulta pela internet, o consumidor também pode ter acesso à ANS pelo telefone 0800-7019656.

5 - Preste atenção na cobertura obrigatória

Segundo Solange, da FenaSaúde, as operadoras são obrigadas por lei a oferecer algumas coberturas. O plano ambulatório-hospitalar, por exemplo, é item obrigatório em qualquer contrato de cobertura. Outro ponto no qual não existe discussão é com relação às doenças que fazem parte da lista CID-10, elaborada e constantemente atualizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Fonte:Gabriela Ruic, de EXAME.com 24/09/2010 11:1

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Seguro fiança locatícia ganha destaque no mercado imobiliário

O seguro de fiança locatícia, usado como garantia na locação de imóveis, movimentou R$ 106 milhões em prêmios nos primeiros oito meses do ano, recorde para o período e expansão de 4% na comparação com igual período de 2009, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep).Até o fim do ano, as perspectivas são também muito boas, principalmente devido à nova Lei do Inquilinato, cujas regras tendem a motivar maior demanda pelo produto, que garante o pagamento de aluguéis e demais encargos, em caso de inadimplência do inquilino. De acordo com o especialista Carlos Barros de Moura, da BarrosDeMoura & Associados e diretor da Associação Paulista dos Técnicos de Seguro (APTS), o seguro fiança locatícia é bom para o inquilino, porque ganha independência e cria um histórico positivo junto aos órgãos de controle de crédito. Para os proprietários, as vantagens incluem o recebimento do aluguel, de forma ágil e sem burocracias. "Mas é sempre bom lembrar que o consumidor precisa pagar pela ficha cadastral, que fica em torno de R$ 45,00, valor que não é devolvido caso a seguradora não aceite a proposta", ressalta Moura. Ele avisa ainda que, em geral, não há diferenças significativas entre casas e apartamentos, mas o seguro pode variar de preço de acordo com a região do país se a finalidade do imóvel for comercial. Por exemplo, para uma casa situada em São Paulo, considerando um aluguel de 1.000,00, o seguro custa R$ 965,09. Esse valor pode chegar a R$ 2.283,99 se a pessoa incluir coberturas acessórias para IPTU, contas de água e luz, danos causados ao imóvel, além de optar pelos serviços agregados, como chaveiro, vidraceiro, dedetização, instalação de ventilador de teto, assistência em antenas, reparos de máquina de lavar roupas, refrigerador, entre outros. Ao contrário dos imóveis com finalidade residencial, os comerciais apresentam diferenças significativas, de acordo com a localização. No caso de um espaço cuja locação custa R$ 3.000,00, o pacote completo do seguro (valor mensal do aluguel mais coberturas acessórias), fica em cerca de R$ 4.000,00. O mesmo imóvel terá um seguro de aproximadamente R$ 5.400,00, no município de Piracicaba, por exemplo. Moura lembra que as diferenças existem porque as seguradoras trabalham com análises de riscos que envolvem o estudo da localização, ocupação e construção dos imóveis. Mas o seguro fiança locatícia que, em geral, pode ser dividido em até 12 vezes, é um produto hoje muito bem aceito pelo setor imobiliário. "É muito difícil encontrar pessoas dispostas a assumir as responsabilidades de ser fiador. Além disso, o produto se modernizou e é uma excelente opção para quem vai alugar um imóvel, pois oferece uma série de benefícios que podem ser acoplados à cobertura básica", avalia.
Fonte: Funenseg