quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Seguro contra enchente é difícil

Enchentes e deslizamentos de terra vêm assustando moradores de todo o País. Mas conseguir um seguro residencial que cubra esse tipo de ocorrência é difícil. “A cobertura até existe, mas é muito difícil de contratar porque é inviável para o mercado de seguros”, explica Antonio Penteado Mendonça, especialista em seguros. De acordo com o advogado, é tão difícil ter um seguro contra enchente em São Paulo quanto um seguro contra furacão em Miami (EUA), pois, quando há um risco com alta probabilidade de ocorrer e de causar danos, os seguros privados não têm condições de indenizar. “É diferente do seguro de carro porque existem milhões de carros segurados, e o dinheiro arrecadado com eles permite pagar as indenizações.” Uma das poucas seguradores que tem essa cobertura é a Bradesco Seguros. Segundo Carlos Eduardo Corrêa do Lago, diretor técnico operacional de Auto/Residência, a cobertura de alagamento ou inundação e desmoronamento varia muito e tem de ser paga à parte. “O custo dessas coberturas depende de avaliação feita no local”, afirma ele.
fonte: Jornal da Tarde - SP Editoria: Imóveis

Faça a escolha certa

As possibilidades de tipos de coberturas não têm limites. Faça uma que se adapte a você

Veículos que podem abrir uma ‘nova garagem’ no seu muro, seu cachorro que não vai com a cara do vizinho e parte para as ‘vias de fato’, aquela pedrada ou bolada na vidraça da casa e aqueles ‘amigos’ que você nem conhece mas insistem em fazer uma visita na sua ausência e levar algumas lembranças... Quem mora na Região Metropolitana não está livre desses de dissabores. Mas um seguro pode amenizar a dor de cabeça.
No caso de roubo, por exemplo, a cobertura vai depender das condições da contratação. “É necessário ver na apólice quais são os limites de cobertura, e deve-se estipular os detalhes do que vai ser indenizado em caso de roubo e fazer constar por escrito no contrato”, aconselha o advogado Antonio Penteado Mendonça. O furto qualificado - quando há arrombamento da residência para retirada de objetos - normalmente é coberto. Já o furto simples, quando um objeto simplesmente some e fica difícil provar que foi subtraído, não é coberto.
Quando o consumidor faz o pedido de seguro, a maioria das empresas analisa o imóvel e a sua localização antes de aprovar a apólice. “Dependendo da localização do imóvel e das coberturas pretendidas a seguradora poderá efetuar uma inspeção antes de se manifestar sobre a aceitação e preço do seguro pretendido”, afirma Carlos Eduardo Corrêa do Lago, diretor operacional da Bradesco Auto Residência.
Se a casa ou apartamento conta com itens de segurança como câmeras de vigilância, grades, cerca elétrica e cães de guarda, entre outros dispositivos, a aprovação é mais rápida. “Fica mais fácil de contratar o seguro, e o preço da apólice fica mais baixo”, ressalta Mendonça.
O seguro cobre o que estiver previsto na apólice, por isso é importante lê-la e esclarecer todas as dúvidas. “Consultar um corretor é importante para contratar o seguro adequado ao perfil da moradia e não custa nada, pois o preço do seguro será o mesmo com ou sem a ajuda do corretor”, ressalta Leoncio Arruda, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado (Sincor-SP). “É muito comum erro de entendimento do que foi contratado. Tem gente que acha que fez seguro de vida, mas fez de acidentes pessoais. Se a pessoa falece, e a família procura o seguro, não vai receber nada”, exemplifica.
O presidente do Sincor-SP alerta também para o consumidor comparar os pacotes entre algumas seguradoras para calcular qual vale mais à pena. “Algumas empresas oferecem pacotes de cobertura, mas, dependendo da região em que vive, é recomendado contratar um ou dois itens e economizar dinheiro, pois uma cláusula acessória corresponde a 20% ou mais do preço da cobertura básica.” Ao contratar, fique atento. Pesquise as coberturas de diferentes empresas e, se possível, consulte um corretor para definir a ideal para seu perfil.
Entre as coberturas disponíveis, estão contra danos elétricos, pagamento de aluguel se o imóvel não puder ser ocupado em caso de sinistro, impacto de veículos (inclusive avião), vendaval e queda de granizo e responsabilidade civil.
Benefícios como serviços de encanador, eletricista, guarda de animais domésticos, serviço de faxineira, transporte e chaveiro, entre outros também fazem parte dos contratos
O Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo mantém o 0800-11-4999 para informações sobre corretores e seguradoras.
O telefone da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para consultas e esclarecimentos de dúvidas é 0800-021-8484
fonte: Eleni Trindade, eleni.trindade@grupoestado.com.br

Custa bem menos do que você imagina

O custo do seguro de uma residência é de, em média, 0,1% do valor de mercado do imóvel

O imóvel da família é, normalmente, seu bem mais valioso. E é possível evitar prejuízos inesperados com acidentes, forças da natureza ou dos ‘amigos do alheio’ com um seguro residencial, que é mais barato do que muita gente imagina. Para se ter uma ideia, ele custa cerca de 0,1% do valor do bem, enquanto o de automóvel varia de 5% a 15% (um carro de R$ 30 mil pode ter um seguro de R$ 3 mil anuais, e uma casa de R$ 250 mil, de apenas R$ 250).
Mas especialistas alertam que é preciso entender as condições do contrato para saber o quê é coberto ou não pela apólice para não ter surpresas desagradáveis na hora de usar o seguro. Outro cuidado é definir que tipo de cobertura é realmente necessária para sua casa, e não gastar dinheiro à toa.
“O primeiro cuidado é saber quais as garantias se quer comprar para não pagar por algo que não vai usar”, explica Antonio Penteado Mendonça, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), especialista em seguros e colunista do Estadão. “Hoje, todo seguro residencial tem de ter cobertura básica de incêndio, queda de raio e explosão de gás de uso doméstico.”
Definida a cobertura pretendida, o ideal é pesquisar entre várias empresas tanto o preço quanto os serviços oferecidos no pacote - uma vez que a maioria das seguradoras e bancos oferece assistência como encanador, chaveiro, conserto de computador, desentupimento, instalação de acessórios para casa, entre outros.
Valéria Cunha, assistente de direção do Procon de São Paulo recomenda: “Cada pessoa deve ponderar a necessidade ou não de assegurar o seu patrimônio contratando um seguro residencial, mas, qualquer que seja o caso, é importante fazer uma aquisição consciente, ou seja, verificar se a instituição está autorizada a trabalhar com seguro na Susep (Superintendência de Seguros Privados, do Ministério da Fazenda), ler com atenção a apólice e comparar preços dos pacotes parecidos em diversas empresas para ver qual vale mais à pena”.
A quantidade de serviços oferecidos influencia muito no preço final, por isso, é preciso analisar quais realmente serão usados para escolher o mais adequado.
De acordo com Leoncio Arruda, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado (Sincor-SP), o mercado de seguros residenciais vem aumentando gradativamente, mas muitas pessoas só contratam depois de passarem por algum problema como roubo ou incêndio. A estimativa, informa Arruda, é que apenas 12% das residências no Brasil tenham seguro residencial. “Isso acontece porque as propagandas falam muito em cobertura contra incêndio, raio e explosão, que são itens da cobertura básica. As pessoas acham que a casa delas nunca vai pegar fogo e simplesmente não fazem seguro residencial.”
Além da cobertura básica, o consumidor pode optar por pagar “cláusulas acessórias” (coberturas que incluem outros tipos de ocorrência, como vendaval, ciclone, batida de veículo, queda de avião e responsabilidade civil - danos causados a terceiros pelo dono do imóvel ou por pessoas que estão sob sua responsabilidade).
Para quem tem empregado doméstico, dependendo da modalidade contratada, o seguro residencial pode cobrir eventuais acidentes de trabalho. “O seguro residencial pode ser uma forma de evitar prejuízos e economizar nos pequenos reparos na casa, como consertos de encanamento ou rede elétrica”, diz Arruda.
fonte:Eleni Trindade, eleni.trindade@grupoestado.com.br