quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Liminar suspende comercialização de proteção veicular

A 12ª Vara Federal do Rio de Janeiro determinou o fechamento da Associação Cristã de Proteção Patrimonial, ao acatar o pedido de liminar impetrado pela Procuradoria Federal junto à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). A Associação é uma das entidades que comercializam a denominada “proteção veicular”, espécie de seguros para veículos sem nenhum amparo legal. Com a decisão, os dirigentes precisarão interromper imediatamente a cobrança de mensalidade de seus associados, e todos os bens da associação estão bloqueados. A entidade ainda precisará encaminhar correspondências a seus associados para comunicar a decisão. O presidente do SINCOR-PR, José Antonio de Castro, considera uma tarefa árdua impedir que essas instituições que comercializam seguro de forma ilegal atuem no Brasil, mas que tem encontrado respaldo na Justiça. “Este é o caminho certo”, diz. Segundo ele a SUSEP, que regulamenta o mercado, está atenta e tem desenvolvido um trabalho sério para coibir ações de empresas ilegais dentro do mercado de seguros. A FENACOR tem concentrado as ações no Brasil que procuram identificar essas empresas. O advogado do SINDSEG-PR/MS, Luiz Carlos Checozzi, destaca a decisão da Justiça. “É resultante de um dentre vários processos similares que têm sido instaurados por iniciativa da SUSEP”, afirma. Segundo o advogado, inúmeras associações similares têm explorado ilegalmente a operação de seguro, que somente pode ser feita por Companhia Seguradora. O advogado ressalta ainda que o artigo 1º, do Decreto Lei n° 73/66, estabelece que todas as operações de seguros privados realizadas no país, de objetos, pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos, garantias, crédito, e outros itens, exceto os seguros do âmbito da previdência social, devem ser realizadas somente por companhias seguradoras devidamente constituídas. Checozzi enfatiza ainda que a atividade requer conhecimentos próprios de verdadeira especialidade. Ele explica que a SUSEP está ingressando com ações civis públicas, e pede liminarmente a suspensão das atividades. O chamado “seguro pirata” tem, atualmente, grande penetração no segmento de seguro para veículos automotores, por meio de cooperativas e associações que são criadas com o objetivo de atender a determinados profissionais e comercializam os produtos para a população em geral. A oferta deste tipo de produto é realizada sem a apresentação de garantias de que os contratos serão cumpridos no futuro, o que, além de ser ruim para o consumidor, atrapalha o mercado. “Por isto, acreditamos que as inúmeras ações em curso contra empresas que estão a explorar a atividade de seguros de forma ilegal, serão julgadas procedentes no âmbito administrativo e judicial, com penalizações pecuniárias severas e até mesmo decretação de encerramento das atividades dessas empresas”, afirma o advogado. 

Fonte: Helio Marques - Assessoria de Imprensa do SINCOR-PR 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Caminhões respondem por 33% dos acidentes rodoviários

Uma carreta tomba na Marginal Tietê, despeja ácido sulfúrico e causa a interdição da via por horas, provocando um caos na cidade em pleno sábado. Uma peça usada na exploração de petróleo com mais de 100 toneladas causa o tombamento de uma carreta, fechando uma rodovia por cerca de 18 horas. Os exemplos reais acima mencionados foram expostos no 1º Seminário sobre Veículos Pesados, Cargas e Implementos Rodoviários promovido pelo SindSeg-SP, em parceria com a FenSeg, realizado no dia 5 de dezembro, no auditório do SindSeg-SP. Os caminhões respondem por 5% da frota e estão envolvidos em 33% dos acidentes rodoviários - um total de 97.400 acidentes por ano, com cerca de 85 mil mortes e prejuízo (só em acidentes) de R$ 8,5 bilhões por ano (dados da NTC & Logística). O evento apresentou que três quartos de todos os acidentes com veículos pesados são causados por falhas humanas, e mesmo nos acidentes envolvendo transporte de produtos perigosos, que demandam cuidados especiais, 63% das vezes são observadas irregularidades. "Todos sabemos o quanto esse tema é delicado, não só pelo aspecto humano, mas também pelo econômico e social", explica Fernando Simões, secretário executivo do Sindseg-SP. O seminário surgiu da necessidade do setor segurador tratar desses temas cada vez mais, como lembrou Neival Freitas, diretor geral da FenSeg: "O setor de seguros gerais, que reúne a maior parte das coberturas envolvidas nesse tipo de incidente, tem crescido muito acima da economia. Porém, até hoje, a formação do corretor tem sido muito básica, direcionada para os seguros massificados. Essas coberturas novas e/ou especializadas ainda carecem de treinamento". Neuto Gonçalves, da NTC & Logística, traçou um panorama do cenário atual relativo à legislação e fiscalização da legislação relativa a produtos perigosos, pinçando alguns dos principais pontos das mais de 150 peças existentes entre leis, decretos e resoluções que tratam do tema. Antonio Gallani, do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER) apresentou um resumo sobre os veículos que necessitam da Autorização Especial de Trânsito (AET). Almir Fernandes, diretor executivo do Cesvi, apresentou uma visão de como o centro com estudos, pesquisas e treinamentos já colabora com as montadoras; Reinaldo Lima, do Sescon-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo), apresentou uma visão do trabalho desenvolvido pela Câmara Setorial de Gereciamento de Riscos. Mario Rinaldi, da Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) deu uma visão sobre reboques, semirreboques e carrocerias, apontando para a importância da rastreabilidade. Por fim, o delegado Nascimento, da Divisão de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas (Divecar) do Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado (DEIC) apresentou a estrutura da polícia e deu uma visão da atuação da 2ª Delegacia, especializada em desvio, furto, roubo e receptação de cargas. 
Fonte: Revista Apólice 

domingo, 11 de dezembro de 2011

Consórcio cresce onde crédito cai


Em auto, medidas anunciadas em 2010 para restringir financiamento estimularam a demanda do setor. Medidas que restringiam financiamento de veículo sem entradas, anunciadas em dezembro do ano passado, impulsionaram demanda. As administradoras de consórcio não têm do que reclamar. Além do avanço expressivo registrado pelo segmento de imóveis nos últimos anos, reflexo da expansão do mercado imobiliário, a demanda por consórcio de automóveis disparou este ano. "A carteira de automóveis, que até o ano passado apresentava crescimento constante, porém tímido, surpreendeu em 2011", destaca William Rachid, superintendente da Porto Seguro Consórcio. O avanço registrado pela administradora foi da ordem de 60% em relação a 2010, resultado, segundo o executivo, das medidas macroprudenciais anunciadas pelo governo no final do ano passado - entre elas a restrição ao financiamento de veículos sem entrada. "Foi um ano muito positivo para o setor", completa Rachid. A Porto Seguro também iniciou a formação de grupos que visam a troca do bem. "No Plano Flex, o crédito varia de R$ 15 mil a R$ 30 mil e o prazo máximo é de 48 meses", diz Fabio Braga, diretor comercial da Porto Seguro Consórcio, complementando que cerca de 58% das vendas de cotas de automóveis são voltadas ao produto. Ainda segundo o executivo, o Plano Flex é voltado para um público com renda mais alta, cujo valor da parcela não compromete o orçamento. "Passado um ano desde o lançamento do plano conseguimos montar 35 grupos. A cada 15 dias fechamos um grupo", afirma Braga. "O consumidor está começando a planejar a aquisição de um bem visando o longo prazo", acredita Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac). De acordo com levantamento da associação, entre janeiro e setembro deste ano, a venda de novas cotas de automóveis atingiu a marca de 1,67 milhão, crescimento de 26,5% ante igual período do ano anterior. A Bradesco Consórcio também registrou crescimento significativo: de janeiro a novembro, as cotas líquidas (cotas vendidas menos contratos liquidados) cresceram 31% quando comparado a igual período do ano anterior.  "Entregamos 64 mil veículos em 11 meses", lembra Fernando Tenório, diretor da Bradesco Consórcio. Para o ano que vem, o ritmo de crescimento do segmento de automóveis deve cair, reflexo do afrouxamento das medidas macroprudenciais anunciado pelo Banco Central (BC) recentemente. Entretanto, tanto Porto Seguro quanto Bradesco prevêem expansão superior a 20% em 2012. "O governo retirou as travas para o financiamento de veículos, o que deve normalizar a demanda por consórcio do segmento", acredita Tenório. Imóveis Outro segmento que puxou a expansão do mercado em 2011 foi o de imóveis. Entre janeiro e setembro deste ano, a Abac registrou alta de mais de 15% em novas adesões se comparado ao mesmo período de 2010. Já o ticket médio das cotas comercializadas cresceu 20% entre janeiro e setembro quando comparado ao ano anterior. "Os dados revelam o interesse crescente do consumidor por imóveis", aponta o presidente executivo da associação. Ao final de setembro, o sistema contava com 624 mil participantes na carteira de automóveis, 56,3 mil a mais ante o mesmo mês de 2010. O superintendente da Porto Seguro diz que o avanço do ticket médio em imóveis reflete a expansão do preço do bem por metro quadrado e o crescimento da renda média do trabalhador este ano. "2012 deve manter a tendência de crescimento, porém não no mesmo ritmo apresentado este ano", diz Rachid. "A carteira de automóveis, que até o ano passado apresentava crescimento constante, porém tímido, surpreendeu em 2011" 

PATRIMÔNIO 
Em setembro, carteira do sistema somava R$4,9bi 
ATIVOS 
Volume administrado é da ordem de R$102bi 
VENDAS 
Cotas comercializadas no ano, até setembro, totalizam R$ 1,9mi 

Fonte: Brasil Econômico | Finanças | BR

sábado, 10 de dezembro de 2011

Seguradoras de olho nas classes C e D

Seguro de carro 30% mais barato, cobertura para manter contas fixas e contratação simples são novidades

O seguro do carro não é uma das prioridades para os motoristas brasileiros, apenas 30% dos carros em circulação têm apólice. Este cenário pode sofrer um reversão a partir do segundo semestre de 2012, quando terá início a comercialização dos microsseguros, segundo Luiz Pomarole, vice-presidente de seguros da Porto Seguro. “Com um modelo mais simples de contratação, o preço do seguro de carro pode cair de 15% a 30%, por exemplo, se for permitido o uso de peças usadas ou o pagamento do valor de revenda, tudo isso especificado em contrato, o valor da parcela seria menor. Essas mudanças foram propostas para o governo e espero que aconteçam”, disse Pomarole. A regulamentação para os microsseguros  está em curso na Susep (Superintendência de Seguros Privados), ligada ao Ministério da Fazenda) e deve simplificar a contratação dos seguros populares que já são vendidos e também favorecer a criação de outros modelos de cobertura, como a do seguro popular para automóveis.“A regulamentação do microsseguro pode mudar a cultura do seguro do país. Existe uma grande parcela da sociedade em ascensão financeira nas classes C e D”, disse José Hilário Gouvêa Viera, presidente do CNseg, confederação nacional das empresas de seguro, previdência privada, capitalização e planos de saúde.Outra novidade  que deve chegar no ano que vem são os microsseguros em caso de desemprego. O trabalhador paga uma parcela pequena por mês e se for demitido terá uma indenização suficiente para pagar suas contas fixas.