terça-feira, 11 de outubro de 2011

Seguros que protegem gestores de más decisões disparam na crise


As subscrições deste tipo de produto aumentaram mais de 50% em três anos
Portugal - Margarida Vaqueiro Lopes   - 12/10/11 00:05
Tomar uma decisão em tempos de crise tem um risco acrescido para qualquer administrador. Não há espaço para falhas e muito menos para a eventualidade da abertura de processo que possa pôr em causa o seu património pessoal. Neste sentido, os responsáveis das empresas nacionais têm, cada vez mais, procurado proteger-se deste tipo de situações. Sinal disso é que as subscrições de seguros de Responsabilidade Civil de Administradores e Directores, um produto que existe em Portugal há cerca de vinte anos, dispararam mais de 50% entre 2007 e 2010, segundo responsáveis do sector. O produto não é novo, mas a crise fez com que os sectores mais impactados pelas actuais dificuldades económicas e financeiras começassem agora a olhar para ele com outros olhos. Este tipo de seguros "é utilizado sempre que há um processo movido contra um administrador de uma empresa (contra ele, pessoalmente). Situações típicas são os processos movidos por um - ou mais - accionista de uma empresa alegando incumprimento dos deveres legais, ou processo movido por credores numa situação de insolvência da empresa", explica Nuno Simão Antunes, director geral da Chartis Portugal. "A questão central é: por causa da sua actividade profissional enquanto administrador, o seu património pessoal e familiar pode ver-se afectado. Por essa razão há que estar protegido", refere. 

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