segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Previdência privada: chegada do 13º aumenta procura de investidores de olho na dedução das contribuições da declaração de IR

RIO - A procura por planos de previdência privada deve crescer de 15% a 19% nestes dois últimos meses do ano, de acordo com os principais bancos do país. Segundo reportagem de Bruno Rosa publicada na edição desta segunda-feira do jornal O GLOBO, a procura ganha força extra, pois muitos investidores aproveitam o décimo terceiro salário para aplicar nestes fundos - que garantem um complemento para a aposentadoria do INSS - e deduzir o valor do Imposto de Renda (IR). Mas é preciso atenção, alertam especialistas em finanças pessoais, já que o investimento deve ser feito visando ao longo prazo.A procura adicional neste fim de ano, portanto, é concentrada no Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), voltado a quem declara IR no formulário completo. Nesse modelo, é possível deduzir as contribuições da previdência na base de cálculo do IR até o limite de 12% da renda bruta anual. Além do PGBL, há o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), usado por quem é isento de IR ou declara no modelo simplificado, ou seja, ele não permite a dedução das contribuições nas declarações anuais de IR.
- Há muitos aportes únicos de alto valor neste fim de ano na previdência. É positivo usar o PGBL para ter um ganho tributário. Porém, o investidor tem que ter em mente que só adianta depositar no fundo um valor que corresponda a 12% de sua renda anual bruta, pois esse é o valor máximo abatido no IR. Com isso, consegue economizar. Estamos percebendo ainda que é crescente o número de clientes que, além de criarem um PGBL, investem em VGBL para depositar os valores adicionais - lembra Sandro Bonfim da Costa, gerente de inteligência de mercado da Brasilprev, do Banco do Brasil.
Ele ressalta, no entanto, que o investidor tem de ficar atento ainda às tabelas de tributação. Como a previdência é indicada como um investimento de longo prazo, a melhor opção é usar o modelo regressivo, já que a alíquota de IR cobrada na hora do resgate diminui com o tempo. Na tabela progressiva, o pagamento de tributo varia apenas de acordo com a valor retirado.
- Tem que saber usar essa vantagem de forma inteligente. Usar a previdência como investimento de curto prazo não compensa. Não adianta usar o PGBL para pagar menos IR e escolher a tabela progressiva e arcar com alíquotas elevadas - opina Luiz Roberto Latini, sócio-diretor da consultoria especializada em seguros G5 Solution.
Fonte:O Globo

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