segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Seguros de vida e acidente têm coberturas diferentes

RIO - Apesar do crescimento entre 20% e 30% na procura por seguro de vida este ano em algumas instituições, é preciso atenção na hora de aderir ao produto. Além de um contrato cheio de termos técnicos, especialistas alertam para as diferenças entre as apólices de vida e as de acidente pessoal, já que ambas têm características semelhantes. Porém, todos são unânimes em afirmar que, com a estabilidade da economia, a demanda pelos produtos tende a crescer. Algumas seguradoras projetam avanço de 30% para 2010.
Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o seguro de vida cobre qualquer morte, seja ela natural, acidental ou motivada por doença; e o de acidente pessoal, apenas os falecimentos causados por acidentes "involuntários", como os de trânsito e violência. Nesse caso, infarto e doenças de trabalho não estão incluídos.
O seguro de vida é um seguro de pessoa. Já o de acidente pessoal, com mais restrições, faz parte do grupo de seguro de danos. É natural confundir os produtos, já que são parecidos - explica Alexandre Penner, diretor da Susep.
Atenção redobrada para cobertura por invalidez. Penner destaca que, em caso de dúvidas, sobretudo diante de prospectos de divulgação, o consumidor interessado em contratar uma apólice deve procurar diretamente a cláusula que trata das coberturas do seguro:
Essa é a principal dica. Tudo que não está escrito está coberto. O judiciário sempre interpreta as cláusulas a favor do consumidor. Porém, tem de saber qual é o seguro - afirma Penner.
Os dois seguros têm cobertura por invalidez, o que exige mais atenção, pois as condições variam entre as empresas. No HSBC, o Vida Premium cobre invalidez por doença ou acidente; já o Vida Garantida, apenas acidente. E os produtos de acidente pessoal não cobrem a invalidez por Doença.
Os clientes podem segurar um valor que varia de R$ 20 mil a R$ 2 milhões. O valor médio das prestações é de R$ 40. O seguro de vida é voltado para a assistência da família, caso o gerador de renda do lar falte. O acidente pessoal cobre eventos específicos. Todos já estão mais conscientes da necessidade de planejamento - diz Edson Lara, diretor de produtos do HSBC Seguros, que este ano tem crescimento de 25% nos negócios.
É essa preocupação que faz parte do orçamento do engenheiro Fábio Maia. Para ele, o seguro de vida é importante dentro do planejamento familiar. Ele, que conta com a proteção desde 2002, acredita que o maior benefício é a segurança que o produto permite para a família. Maia tem duas filhas pequenas.
O seguro de vida ajuda na proteção. Imprevistos podem acontecer e, com isso, a minha família tem uma assistência extra e importante. Por outro lado, Gilberto Duarte, diretor de Seguros do Grupo Santander, cuja procura aumentou 20% este ano, lembra que o seguro de acidente pessoal costuma ser mais procurado por profissionais liberais e pessoas sem filhos.
Especialistas sugerem ainda que o cliente escolha os beneficiários para receber o valor segurado na hora da contratação do produto. Sem isso, fica-se sujeito ao Código Civil, o que pode levar mais tempo para que a família receba a indenização. Aline Coropos, superintendente do Itaú-Unibanco, ressalta que o cliente tem de saber ainda quais sãos os riscos não aceitos:
No caso de invalidez, cada parte do corpo inválido tem uma indenização. Ou seja, se a perna ficar inválida, só se recebe 70% do valor segurado.
Segundo a Susep, as seguradoras têm reforçado também a divulgação de benefícios adicionais em ambos os seguros, com auxílio de internação, desemprego e cesta básica. Cada empresa oferece um pacote diferente. Flávio Bauer, superintendente da Citibank Corretora, diz que o objetivo é que o comprador tenha a possibilidade de usufruir de inúmeros benefícios:
Oferecemos assistência nutricional e dicas de ginástica. Isso ajudou a crescer em 30% o número de apólices este ano. Em 2010, vamos crescer mais 30%.
fonte: O Globo

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