quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Custa bem menos do que você imagina

O custo do seguro de uma residência é de, em média, 0,1% do valor de mercado do imóvel

O imóvel da família é, normalmente, seu bem mais valioso. E é possível evitar prejuízos inesperados com acidentes, forças da natureza ou dos ‘amigos do alheio’ com um seguro residencial, que é mais barato do que muita gente imagina. Para se ter uma ideia, ele custa cerca de 0,1% do valor do bem, enquanto o de automóvel varia de 5% a 15% (um carro de R$ 30 mil pode ter um seguro de R$ 3 mil anuais, e uma casa de R$ 250 mil, de apenas R$ 250).
Mas especialistas alertam que é preciso entender as condições do contrato para saber o quê é coberto ou não pela apólice para não ter surpresas desagradáveis na hora de usar o seguro. Outro cuidado é definir que tipo de cobertura é realmente necessária para sua casa, e não gastar dinheiro à toa.
“O primeiro cuidado é saber quais as garantias se quer comprar para não pagar por algo que não vai usar”, explica Antonio Penteado Mendonça, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), especialista em seguros e colunista do Estadão. “Hoje, todo seguro residencial tem de ter cobertura básica de incêndio, queda de raio e explosão de gás de uso doméstico.”
Definida a cobertura pretendida, o ideal é pesquisar entre várias empresas tanto o preço quanto os serviços oferecidos no pacote - uma vez que a maioria das seguradoras e bancos oferece assistência como encanador, chaveiro, conserto de computador, desentupimento, instalação de acessórios para casa, entre outros.
Valéria Cunha, assistente de direção do Procon de São Paulo recomenda: “Cada pessoa deve ponderar a necessidade ou não de assegurar o seu patrimônio contratando um seguro residencial, mas, qualquer que seja o caso, é importante fazer uma aquisição consciente, ou seja, verificar se a instituição está autorizada a trabalhar com seguro na Susep (Superintendência de Seguros Privados, do Ministério da Fazenda), ler com atenção a apólice e comparar preços dos pacotes parecidos em diversas empresas para ver qual vale mais à pena”.
A quantidade de serviços oferecidos influencia muito no preço final, por isso, é preciso analisar quais realmente serão usados para escolher o mais adequado.
De acordo com Leoncio Arruda, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado (Sincor-SP), o mercado de seguros residenciais vem aumentando gradativamente, mas muitas pessoas só contratam depois de passarem por algum problema como roubo ou incêndio. A estimativa, informa Arruda, é que apenas 12% das residências no Brasil tenham seguro residencial. “Isso acontece porque as propagandas falam muito em cobertura contra incêndio, raio e explosão, que são itens da cobertura básica. As pessoas acham que a casa delas nunca vai pegar fogo e simplesmente não fazem seguro residencial.”
Além da cobertura básica, o consumidor pode optar por pagar “cláusulas acessórias” (coberturas que incluem outros tipos de ocorrência, como vendaval, ciclone, batida de veículo, queda de avião e responsabilidade civil - danos causados a terceiros pelo dono do imóvel ou por pessoas que estão sob sua responsabilidade).
Para quem tem empregado doméstico, dependendo da modalidade contratada, o seguro residencial pode cobrir eventuais acidentes de trabalho. “O seguro residencial pode ser uma forma de evitar prejuízos e economizar nos pequenos reparos na casa, como consertos de encanamento ou rede elétrica”, diz Arruda.
fonte:Eleni Trindade, eleni.trindade@grupoestado.com.br

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