terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Caminhões respondem por 33% dos acidentes rodoviários

Uma carreta tomba na Marginal Tietê, despeja ácido sulfúrico e causa a interdição da via por horas, provocando um caos na cidade em pleno sábado. Uma peça usada na exploração de petróleo com mais de 100 toneladas causa o tombamento de uma carreta, fechando uma rodovia por cerca de 18 horas. Os exemplos reais acima mencionados foram expostos no 1º Seminário sobre Veículos Pesados, Cargas e Implementos Rodoviários promovido pelo SindSeg-SP, em parceria com a FenSeg, realizado no dia 5 de dezembro, no auditório do SindSeg-SP. Os caminhões respondem por 5% da frota e estão envolvidos em 33% dos acidentes rodoviários - um total de 97.400 acidentes por ano, com cerca de 85 mil mortes e prejuízo (só em acidentes) de R$ 8,5 bilhões por ano (dados da NTC & Logística). O evento apresentou que três quartos de todos os acidentes com veículos pesados são causados por falhas humanas, e mesmo nos acidentes envolvendo transporte de produtos perigosos, que demandam cuidados especiais, 63% das vezes são observadas irregularidades. "Todos sabemos o quanto esse tema é delicado, não só pelo aspecto humano, mas também pelo econômico e social", explica Fernando Simões, secretário executivo do Sindseg-SP. O seminário surgiu da necessidade do setor segurador tratar desses temas cada vez mais, como lembrou Neival Freitas, diretor geral da FenSeg: "O setor de seguros gerais, que reúne a maior parte das coberturas envolvidas nesse tipo de incidente, tem crescido muito acima da economia. Porém, até hoje, a formação do corretor tem sido muito básica, direcionada para os seguros massificados. Essas coberturas novas e/ou especializadas ainda carecem de treinamento". Neuto Gonçalves, da NTC & Logística, traçou um panorama do cenário atual relativo à legislação e fiscalização da legislação relativa a produtos perigosos, pinçando alguns dos principais pontos das mais de 150 peças existentes entre leis, decretos e resoluções que tratam do tema. Antonio Gallani, do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER) apresentou um resumo sobre os veículos que necessitam da Autorização Especial de Trânsito (AET). Almir Fernandes, diretor executivo do Cesvi, apresentou uma visão de como o centro com estudos, pesquisas e treinamentos já colabora com as montadoras; Reinaldo Lima, do Sescon-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo), apresentou uma visão do trabalho desenvolvido pela Câmara Setorial de Gereciamento de Riscos. Mario Rinaldi, da Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) deu uma visão sobre reboques, semirreboques e carrocerias, apontando para a importância da rastreabilidade. Por fim, o delegado Nascimento, da Divisão de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas (Divecar) do Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado (DEIC) apresentou a estrutura da polícia e deu uma visão da atuação da 2ª Delegacia, especializada em desvio, furto, roubo e receptação de cargas. 
Fonte: Revista Apólice 

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